O evento comemorativo que aconteceu nesta sexta-feira, dia 04, na Biblioteca Municipal Nair Lacerda, celebrou os 60 anos da Biblioteca Municipal de Santo André e contou com a apresentação do espetáculo de contação de histórias – “Mil e uma noites”, com a companhia Agrupamento Teatral. O secretário de Cultura, Raimundo Salles ao lado da gerente de bibliotecas, Carmela Giura, fez a abertura da exposição fotográfica – “A trajetória da Biblioteca Municipal” que retrata sua história desde a inauguração até os dias de hoje, e ainda, na oportunidade, homenageou a escritora, tradutora e jornalista Nair Veiga Lacerda e seu trabalho pioneiro em Santo André, instalando as primeiras bibliotecas da cidade.
Nair Veiga Lacerda exerceu, entre 1964 e 1969, o cargo de Secretária da Educação, Cultura e Esportes da Prefeitura Municipal de Santo André, cabendo-lhe a estruturação daquela Secretaria, como sua primeira titular. Instalou as Bibliotecas Municipais (Central, Infantil, Circulante, Sala para Braille, e a biblioteca distrital (Utinga) Cecília Meirelles.)
Trabalhou para o "Jornal de São Paulo", para o "Diário de Santos", e colaborou, eventualmente, para outros Jornais.
Como tradutora, trabalhou em quatro idiomas e conta com cerca de 200 títulos, em traduções feitas para as várias editoras. Entre esses trabalhos destacam-se "A idade de ouro no Brasil", que faz parte da famosa coleção Brasiliana; a série "Reis malditos", 5 volumes, da difusão Européia do livros; e a edição, chamada monumental, das "Mil e Uma noites", em 8 volumes, da Saraiva.
Para o teatro traduziu, além de outras, peças como “Os homens preferem as louras”, “A hora da fantasia”, e para Bibi Ferreira e Dulcina de Morais, respectivamente, as peças “É proibido suicidar-se na Primavera” e “A sereia louca”, do dramaturgo espanhol Alejando Casona. Para a Editora Cultrix fez um “Dicionário de Pensamentos” e um “Dicionário de Ocultismo”, e as antologias “Maravilhas do Conto Popular”, “Maravilhas do Conto Mitológico”, “Contos de Grimm”, “Fábulas do mundo inteiro”, “Lendas do Mundo inteiro”, e “As grandes anedotas da História”. Publicou, em 1986, uma coletânea de suas crônicas, sob o título de “Reflexos”. Tem, em “Os romancistas”, da Cultrix, uma biografia de Leon Tosltoi. Em 1962 foi premiada pela Câmara Brasileira do Livro com o Jabuti de tradução, pelo conjunto dos trabalhos.
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