sexta-feira, 25 de abril de 2014
O filósofo Renato Janine Ribeiro profere palestra em Santo André, acompanhado do secretário de Cultura Raimundo Salles
O professor da USP e filósofo, Renato Janine Ribeiro, a convite da Secretaria de Cultura de Santo André, proferiu palestra com o tema “Democracia e República na atual política brasileira”. O evento foi realizado na Fundação Santo André com o apoio da Faculdade de Filosofia. A presença de quase 400 alunos engrandeceu o evento. Para o secretario de Cultura de Santo André, Raimundo Salles, a presença do pensador Renato Janine, foi um dos momentos da cena cultural de Santo André.
Renato Janine Ribeiro é professor titular de Ética e Filosofia Política na Universidade de São Paulo. Sua pesquisa inicial tratou do filósofo inglês Thomas Hobbes, a quem dedicou seu mestrado (Sorbonne, 1973) e seu doutorado (USP, 1984). Desde vários anos se tem interessado em pensar uma filosofia política que leve em conta sociedades ocidentais “dissidentes”, como a brasileira e outras de Terceiro Mundo, que dão maior importância ao afeto na vida pública. Entre seus principais interesses, estão a natureza teatral da representação política e as dificuldades na construção da democracia no Brasil.
Assim, depois de publicar A Marca do Leviatã (2ª edição, Ateliê Editorial, 2003) e Ao Leitor sem Medo (2ª edicao, Ed. UFMG, 1999) sobre Thomas Hobbes, escreveu ensaios de filosofia política (A última razão dos reis, Companhia das Letras, 1993) e mais recentemente uma obra na qual procura discutir, com base na filosofia política, a cultura e a sociedade brasileiras. Este livro é A sociedade contra o social: o alto custo da vida pública no Brasil(Companhia das Letras e Fundação Biblioteca Nacional, 2000), que ganhou o Prêmio Jabuti 2001, na área de ensaios e ciências humanas.
Em 2001 lançou, ainda, A Democracia e A República (Publifolha). Considera que democracia e república fazem parte da “boa política” que o século 20 nos legou, e que é preciso fazer convergirem a demanda do desejo democrático, que vem de baixo, e a preocupação com a coisa pública, que se expressa na maneira como se administram essas demandas populares e legítimas.
Em 2003, com base na sua experiência em política científica (na SBPC, no CNPq e na Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia), lançou o livro A Universidade e a Vida Atual, com o subtítulo Fellini não via filmes (Rio de Janeiro: Campus, 2003), em que defende uma universidade mais aberta para a sociedade e mais inovadora no plano da pesquisa. No mesmo ano, também publicou Por uma nova política (São Paulo: Ateliê Editorial, 2003), que é uma reflexão sobre sua campanha para a presidência da SBPC.
Também na USP defendeu a livre-docência (1991) e foi aprovado no concurso de titular (1993). Foi presidente da Comissão de Cooperação Internacional da USP (1991-94) e membro do Conselho Deliberativo do CNPq (1993-97). Foi condecorado, em 1998, com a Ordem Nacional do Mérito Científico. Ocupou na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (1997-99) os cargos de Secretário e de Conselheiro e também presidiu a Comissão de Programação Científica da 50a Reunião Anual da SBPC, em Natal (1998) e da 51a, em Porto Alegre (1999). Concluiu a orientação de onze doutorados e de cerca de quinze mestrados.
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