O ex-presidente Collor chega à presidência aos 40 anos de
idade. O povo brasileiro deposita então neste presidente todas as esperanças de
mudança. Particularmente não votei nele, mas como todos os brasileiros, torcia
para dar certo. Após os trágicos episódios que envolveram a seu impeachment, o
Brasil caminhou para uma presidência com Itamar Franco, conhecemos ali um
grande presidente, implantou o Plano Real e representou para aquele momento uma
transformação no padrão ético de fazer política. Os anos se passaram e com o
retorno do ex-presidente Collor ao Brasil, e antes de ele se eleger senador,
fui convidado para almoçar em sua casa, encontrei ali um homem amargo e triste,
tendo consciência de que perdeu o momento mais importante da sua vida e que
certamente não teria outra oportunidade.
Fernando Collor, jornalista e bacharel em Ciências
Econômicas, formado pela Universidade Federal de Alagoas, Collor foi presidente
do CSA (época em que contratou Felipe Scolari como técnico do time), diretor do
jornal Gazeta de Alagoas e superintendente da Organização Arnon de Mello, grupo
que congrega as empresas de comunicação da família.
Porém, desde pequeno, mostrava sua vocação para a vida pública.
Gostava de acompanhar o pai nas atividades políticas e acabou tornando-se o
mais jovem prefeito de Maceió, nomeado para o cargo pelo então governador
Guilherme Palmeira, em 1979, aos 29 anos de idade.
Em 1982, foi eleito deputado federal, e em 1986, elegeu-se
governador de Alagoas. Com discurso incisivo e medidas de impacto, como o corte
de mordomias e supersalários no serviço público, tornou-se conhecido
nacionalmente, como o “Caçador de Marajás”.
Mais que isso, projetou-se como um nome forte na disputa
pela Presidência da República e, em 1989, ganhou a eleição contra adversários
fortes, como Leonel Brizola e Luiz Inácio Lula da Silva. Foi o mais jovem
presidente da história do Brasil – assumiu o mandato com apenas 40 anos de
idade – e o primeiro a ser eleito pelo voto direto do povo, após o período do
Regime Militar (1964-1985).
Governou o país por dois anos. Isolado pela classe política
e sem apoio do Congresso Nacional, foi alvo de julgamento político, culminando
com o impeachment. Mais tarde, seria inocentado em processo que tramitou no
STF.
Em 2006, após mais de 10 anos afastado da política, Collor
elegeu-se senador da República por Alagoas, numa campanha recorde, de apenas 28
dias.
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