Em uma noite de gala, o Teatro municipal de Santo André
recebeu a Orquestra Sinfônica de Santo André para uma apresentação belíssima que
contou com a seguinte programação:
D. Shostakovich
Abertura Festiva, op. 96 em lá maior
Abertura Festiva, op. 96 em lá maior
Camargo Guarnieri
Brasiliana
- Entrada
- Moda
- Dança
Brasiliana
- Entrada
- Moda
- Dança
Carlos Gomes
Abertura da ópera Fosca
Abertura da ópera Fosca
INTERVALO
G. Verdi
“Va Pensiero” da ópera Nabuco
“Va Pensiero” da ópera Nabuco
Claudio Santoro
Sinfonia nº 4 “Sinfonia da Paz”
Sinfonia nº 4 “Sinfonia da Paz”
- Allegro
- Lento
- Allegro moderato e deciso
- Lento
- Allegro moderato e deciso
Na oportunidade o secretário de Cultura de Santo André, apresentou
o novo maestro da orquestra, Abel Rocha. O novo maestro que foi diretor artístico
do Teatro Municipal de São Paulo substitui o maestro Carlos Moreno. O evento
lotou o Teatro Municipal de Santo André, todos os presentes queriam prestigiar
o novo maestro e a qualidade musical inquestionável da nossa orquestra.
A Orquestra Sinfônica de Santo André por iniciativa da
Prefeitura, em 1987 foi formada a Orquestra Sinfônica de Santo André. Para tal
foi realizado um concurso que reuniu oito dos mais destacados regentes
brasileiros. Flavio Florence foi o vencedor, e seu projeto foi implantado.
Entretanto é antiga a tradição musical em Santo André. Ainda na década de 50
surgiu a primeira orquestra sinfônica, no momento um grupo semiprofissional
liderado pelo maestro russo Leonid Urbenin. Com sua morte, a orquestra se
desfez.
Já nos anos 70 uma nova tentativa deu a Santo André uma orquestra profissional,
regida por Tibor Reisner, que teve a vida igualmente efêmera. A presente formação da orquestra, mantida
pela Prefeitura de Santo André por meio da Secretaria de Cultura, se apresenta
em grandes palcos como no Teatro Municipal de Santo André, Sala São Paulo,
Theatro Municipal de São Paulo, Thaetro São Pedro e também em áreas altenativas
como parques e praças públicas.
O maestro Abel Rocha é um especialista em ópera, mas sua posição
de destaque no cenário brasileiro se deve a uma atuação versátil e
diversificada, no repertório sinfônico e também na direção musical de
espetáculos cênicos, como balés, peças de teatro, e de diversos shows e
musicais.
Foi o responsável pela regência e direção musical de óperas
do barroco de Monteverdi à modernidade de Schönberg e Debussy, passando por
Handel, Mozart, Rossini, Donizetti, Verdi, Bizet e Puccini, entre outros, tendo
realizado ainda a estreia mundial de títulos brasileiros como Anjo Negro, de
João Guilherme Ripper, e A tempestade de Ronaldo Miranda.
Entre 2004 e 2009, teve atuação marcante como diretor
artístico e regente titular da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, onde
empreendeu um profundo trabalho de reestruturação artística e administrativa.
Nas temporadas de 2011 e 2012, foi Diretor artístico do
Teatro Municipal de São Paulo e regente titular da Orquestra Sinfônica
Municipal, tendo recebido diversos prêmios da crítica especializada pela
programação lírica da casa.
Em sua atividade como regente orquestral, vem conduzindo
programas sinfônicos com orquestras como a Sinfônica Brasileira (OSB),
Sinfônica de Porto Alegre, Filarmônica de Minas Gerais, Sinfônica do Estado de
São Paulo (Osesp), entre outras. Paralelamente, de 1983 a 2010 dirigiu o coral
CollegiumMusicum de São Paulo.
Além da carreira artística, Abel Rocha tendo sido professor
e regente em diversos festivais de música e atualmente é professor de regência
da Unesp.
Formado pela Unesp, realizou especialização em regência de
ópera na Robert-Schumann Musikhochschule de Düsseldorf, Alemanha, e obteve o
doutorado pela Unicamp. Durante os anos de formação foi orientado por Hans
Kast, Roberto Schnorrenberg e Eleazar de Carvalho.