O Museu Estatal Pushkin de Belas Artes é o maior museu de Moscou dedicado à arte europeia, e um dos maiores do mundo neste gênero.
Atualmente o Museu Pushkin preserva em acervo mais de 500 mil obras de arte, entre pinturas, esculturas, gravuras, desenhos, artes decorativas, arqueologia, fotografia e numismática. Também possui um Arquivo Documental com papéis científicos, históricos e epistolares.
Foi fundado por Ivan Tsvetaev, chefe do Departamento de Teoria e História da Arte da Universidade de Moscou. A ideia já vinha a algum tempo sendo defendida por figuras importantes da nobreza e dos círculos acadêmicos, e finalmente começou a ser concretizado através da formação de um comitê, liderado pelo Grão-Duque Sergei Alexandrovich, que em 1896 lançou um concurso de arquitetura para elaboração de uma planta. A participação ativa e o entusiasmo do Grão-Duque no projeto do museu foram decisivos para que a iniciativa encontrasse respaldo da burocracia e da nobreza. O vencedor do concurso foi o arquiteto Roman Klein e seu projeto seguia as exigências museológicas mais avançadas de sua época, ao mesmo tempo em que desenhou um edifício majestoso de feição neoclássica com interiores ricamente decorados que harmonizavam seu estilo ao das obras que continham, dos vários períodos da história da cultura.
Logo começou a ser formado o acervo, reunido desde o início segundo um projeto educativo, tendo em vista a formação artística e histórica dos jovens, sendo a primeira instituição deste tipo criada na Rússia. Foram encomendadas muitas cópias de estatuária clássica e adquiridas renomadas coleções de arte, como a do Egito pertencente ao egiptólogo Golenischev, e a de pintura italiana e de arte decorativa dos séculos XIII a XV do colecionador Tschekin. Sua inauguração aconteceu em 31 de maio de 1912, estando à instituição subordinada à Universidade, tendo como primeiro diretor o mesmo Tsvetaev e levando o nome de Alexandre III.
Depois que a capital da Rússia se transferiu para Moscou em 1918, o governo soviético decidiu trazer milhares de obras de arte do Museu Hermitage para a nova capital, embora parte delas tenha sido mais tarde levada para o Museu de Arte Nova do Ocidente, incluindo telas impressionistas e pós-impressionistas, numa grande reorganização de coleções estatais que ocorreu na época. Entre 1924 e 1930 uma multiplicidade de novas obras foram incorporadas procedentes de espólios aristocráticos estatizados pelo governo, e outro tanto foi transferido de outros museus já instalados, como o Hermitage, a Galeria Tretyakov e os Museus do Kremlin, formando um núcleo de pintura antiga e outro lote proveio do Instituto de Estudos Clássicos do Oriente, com antiguidades da Mesopotâmia e do Oriente Próximo. Em 1932 ganhou independência da Universidade e em 1937 o poeta Pushkin foi homenageado emprestando seu nome ao museu, no centenário de sua morte.
Durante a II Guerra Mundial suas coleções foram evacuadas para Novosibirsk e Solikamsk, mas o prédio foi bombardeado. A reconstrução começou já em 1944, reinstalado as obras retornadas dos abrigos e voltando a oferecer seus programas educativos, além de reiniciar o projeto de escavações arqueológicas na Crimeia e Taman que estava em desenvolvimento desde 1927. Em 1948 foram adquiridas cerca de 300 pinturas e mais de 60 esculturas de mestres europeus e norte-americanos do fim do século XIX e início do século XX, uma grande seleção de obras gráficas e um arquivo dos colecionadores Sergei Shchukin e Ivan Morozov, expandindo o escopo do museu e obrigando a uma reorganização em sua estrutura departamental.
No período 1949-1953 o acervo foi retirado de exposição, cedendo espaço para uma enorme mostra de Presentes oferecidos a Stalin pelos povos da URSS e países estrangeiros. Depois da era Stalin terminar o museu reiniciou suas mostras de acervo, expondo obras-primas da Galeria de Pintura de Dresden, trazidas pelo Exército Vermelho durante a guerra e completamente restauradas pelos técnicos do Museu Pushkin.
Em 1983 foi criado um novo departamento para Coleções Privadas, instalado em uma mansão setecentista anexa ao prédio do museu e adaptada para este fim. Em 1991 o museu foi declarado "instituição de importância cultural particularmente valiosa para a Federação Russa" pela riqueza e extensão de seu acervo e suas atividades artísticas e educativas. Outro departamento foi fundado em 1996 para administrar os assuntos educacionais, funcionando no complexo da Universidade Estatal de Ciências Humanas, onde se expôs algumas réplicas de estatuária antiga que não encontravam espaço na sede principal.